22 dezembro 2006

WALDIK SORIANO É BOM DEMAIS

Mais Waldik Soriano. Nada de Tortura de Amor. Um homem arretado e vivido. Que em breve será revelado nas telas por Patrícia Pillar. A atriz prepara um dcumentário sobre a vida do artista. Alguém vai perder? NEM EU!
Para os leitores do blog, fãs da música popular do Brasil. Um brinde com o apoio do nosso grande e rei do gogó Waldik Soriano. Feliz Natal.

ROBERTO CARLOS DUPLAMENTE DETALHADO




Desde 1965, Roberto Carlos tem sido notícia diariamente nas revistas e jornais especializados
Continuando na trilha mais percorrida, a do Roberto Carlos, quero comentar ainda sobre a sua capacidade de gerar notícias sobre si. Que outro artista brasileiro, tem a mesma intensidade de gerar curiosidade a respeito da sua vida e carreira? Roberto é o único. Não podemos esquecer o marco, onde tudo começou. Quando ele liderava o movimento jovem guarda, apresentando o programa dominical com o mesmo nome, na TV Record de São Paulo. Ali nascia o mito. Nasceu o Roberto Carlos cantor, compositor e enigmático. Foram muitos, os suplementos que invariavelmente, dedicaram suas páginas a decifrar o "rei". Poucos conseguiram conversar ou mesmo, arrancar alguma declaração dele. Mesmo assim, lá estava ele nas bancas de jornal, estampando com seu olhar triste, as capas sedutoras, içando os fãs pelo ímã da curiosidade. Depois de consagrado como "ídolo" da música, Roberto raramente se deixa entrevistar. Das centenas de revistas variadas, que compõem os meus arquivos, devo contar com apenas quatro entrevistas dele. Porém, sem exageros, ele é assunto em 90% das revistas, seja em fotos, notinhas ou matérias longas discorrendo sobre sua vida ou carreira.
Por que estou falando sobre isso? Em agosto de 2007, o programa Jovem Guarda vai completar 42 anos da sua estréia. O programa ficou apenas três anos no ar, mas seus acordes ecoam até hoje, inseridos nas "novidades" musicais até então. Por tudo isso e muito mais, Roberto há muito nos deve uma biografia sincera e transparente. Contando tudo que lhe ocorreu nos anos de carreira. Com detalhes, é claro. O título poderia ser Momentos que eu não esqueci.
Enquanto não chega a original, os admiradores se contentam com as biografias não autorizadas. A biografia Roberto Carlos em detalhes, de Paulo César de Araújo, é a primeira (muito boa, mas poucas fotos), mas antes, houve um amigo de Roberto, José Mariano da Silva Filho, que conheceu o cantor no começo da carreira e o ajudou nas peregrinações pelas rádios, convencendo os locutores a tocar o novato Roberto Carlos. Tornou-se amigo do cantor, morou em sua casa, foi seu secretário particular e quando Roberto já estava famoso, foi ungido mordomo. Como mordomo Nichollas Mariano, deu entrevistas para programas de tevê e ilustrou revistas, como a extinta Intervalo. Com tantas aparições na mídia, era reconhecido nas ruas, causando tumulto. Depois de 11 anos trabalhando para o "rei", segundo ele, de graça, foram separados por desentendimentos. Nichollas Mariano, sem saber o que fazer da vida, resolveu escrever e publicar, em 1979, o livro O rei e eu. Minha vida com Roberto Carlos. Noutras palavras, abriu o bico. Roberto recorreu à justiça, proibindo o livro, mas de nada adiantou. Foi publicado, vendeu os primeiros 50 mil exemplares em pouco tempo. Nichollas não fala mal do cantor, apenas revela detalhes particulares da vida profissional e sexual do Roberto. Considerado uma afronta por muitas pessoas, principalmente pelo artista, o livro deu o que falar. Uma curiosidade, é que Nichollas se considera amigo (da onça) de Roberto em quase todo o livro, somente na última página, ele revela que roubou três mil cruzeiros da conta _que tinha duzentos mil cruzeiros_ de Roberto Carlos. Contou com uma autorização reconhecida em cartório, onde Roberto lhe concedia plenos poderes (ele mostra a cópia no livro. De fato ele era poderoso com o que tinha nas mãos). Para se ter uma idéia do valor, calcule a partir do preço do livro, que custava cento e vinte cruzeiros na época do lançamento. É possível encontrar informações do livro de Nichollas, no livro de Paulo César de Araújo. O autor se confessa fã e com certeza tem o livro de Nichollas em sua estante. O livro do mordomo, é uma raridade e vale muito mais pelo sentimento ferido, revelado nas entrelinhas, do que pela qualidade editorial, coisa que o livro não tem. Para entender o poder que envolve o nome de Roberto Carlos, se tratando de revelações íntimas, o livro de Nichollas Mariano, no câmbio negro, chega a valer uma fortuna. E eu aqui, com um exemplar trancado a sete chaves. Nichollas errou no título, poderia ter usado de inteligência e escrever Eu te amo, eu te amo, eu te amo.

19 dezembro 2006

CARMEN SILVA. A PÉROLA NEGRA DA MÚSICA POPULAR DO BRASIL

Apesar da fama dos cantores negros que são arremessados para o mundo, provenientes dos Estados Unidos, o Brasil também tem seus cantores negros. Com a diferença de que por lá, os cantores são incentivados e reconhecidos pela grande maioria. Talvez pela força do blues e do jazz, sons que nasceram do sofrimento, principalmente sentidos na pele dos camponeses. Mas por aqui, uma herança que se aproximaria do blues, seria talvez, o maracatu. Porém, não foi cultivado o bastante para ser referência na nossa música popular, não o suficiente, como gostariam alguns. Portanto, muitos críticos estranham quando um negro não canta e não quer cantar samba, a nossa pérola Carmen Silva passou por constrangimentos do tipo, quando ainda no começo da sua carreira, se viu diante da exigência dos produtores para que ela cantasse samba. Carmen não queria, e não se identificava com o gênero, também não queria ficar marcada pela cadência do samba, pois sua vocação era mesmo o romantismo. E foi no romantismo que ela se fez a maior representante do gênero. Suas músicas expressam sentimentos que vai do abandono ao encontro do amor. Quando em 1969, Carmen gravou o compacto com a música “Adeus Solidão” (Pickin Up Bebbeles), não contava com tamanha recepção do público, que comprou em menos de três meses, mais de duzentas mil cópias do disquinho. Seu nome já estava conhecido por aqui e sua fama corria pelo mundo, era idolatrada por angolanos e fãs espalhados por toda a América Latina. Sua voz é aguda e esconde um trovão, quando se ouve um disco da artista, fica-se na expectativa de que a qualquer momento ela vai explodir. Isso acontece com quase todas as gravações da eterna romântica Carmen Silva. Nas interpretações que deu para as músicas que gravou, mostrou um potencial vocal, tão afinado quanto refinado, porém sua expressão é muito popular. Sendo ela uma dama da música popular do Brasil, vendeu milhões de discos e viajou mundo à fora. Dezenas de músicas da artista fazem parte da memória do brasileiro, citando algumas, chegamos em Meu Primeiro Amor, O Amor É Um Bichinho, Amor Com Amor Se Paga, Espinho Na Cama, Segura Na Mão de Deus, Meu Velho Pai e muitas outras músicas fidelíssimas ao gênero que consagrou Carmen Silva.
Os pesquisadores e museólogos devem ao país, uma explicação sobre a vida e a obra desta grande artista da música popular do Brasil. Carmen faz parte da história da música e do disco, principalmente da aprovação pública, que a elegeu como estrela da música popular. Está mais do que na hora de se fazer respeitar os nossos artistas, e começando pelos mais injustiçados no quesito cantores populares do Brasil, seria uma boa. O Museu da Imagem e do Som, poderia criar uma categoria para oferecer ao público carente de informação sobre artistas como Carmen Silva e incluir além dela, outros grandes nomes como Waldik Soriano, Claudia Barroso, Lindomar Castilho, Odair José, Paulo Sérgio e Evaldo Braga. A categoria poderia receber o nome de Astros da Música Popular do Brasil.
Hoje, Carmen Silva é evangélica e canta músicas voltadas para o segmento gospel. Mais do que cantora, hoje a artista é uma levita, uma adoradora e suas músicas não falam mais de sofrimentos, nem de amores mal resolvidos, mas de amor eterno, de vitória e de salvação. O único nome constante na obra atual de Carmen, é o nome de Jesus Cristo. Acredito que os milhares de compradores de seus discos, são abençoados pela voz e sinceridade nos sentimentos da artista, principalmente pelo teor da mensagem. Antes de qualquer rótulo, ela é uma mulher negra, brasileira e determinada. Atenção para Carmen Silva!

14 dezembro 2006

ROBERTO CARLOS EM RITMO DE FUNK



Para quem viveu mil aventuras, lançou moda, gírias e gêneros. Cantar com Mc. Leozinho é muito natural.

É dezembro, é natal, final de ano... é tempo de Roberto Carlos. É tudo (quase tudo) igual. As chamadas para o especial de fim de ano de Roberto Carlos, revela os rostos de alguns convidados e já deu para perceber que, além de Wanderléa e Erasmo (quase sempre), outros convidados vão colocar as mãos no ombro do “rei”. De relance, deu para ver a cara e reconhecer o rosto do cantor (funkeiro) Mc. Leozinho. Se ela dança, eu dança / Se ela dança, eu dança / Se ela dança, eu danço / falei pro Dj... Pois é. Ele mesmo, o rapaz que ganhou notoriedade quando este ano, o celular do jogador Ronaldinho (o próprio) tocou bem no meio de uma entrevista, tendo o som captado pelo microfone da TV Globo. E daí, o que tinha demais? A música. O que mais poderia ser? Sim. Foi a própria. Foi a música do Mc. Leozinho, que tocou no celular do Ronaldinho. (já reparou que quando se fala de jogador e cantor de funk, tudo termina em inho?) Daquele dia até hoje, todo mundo _quem gostasse e quem odiasse também_ teve que ouvir (engolir) o som do rapaz. O sucesso (?) foi tanto, que até o Roberto Carlos, não o jogador, o cantor mesmo, ouviu e gostou. Tanto é que, convidou o rapaz para participar do seu especial. Ninguém sabe de quem realmente foi a idéia. Ninguém pensou nas fãs dos anos sessenta (hoje quase sessentonas), muito menos no que elas poderiam achar da dupla. No mínimo, vão gostar.
Roberto Carlos sempre (de 90 pra cá) ousou nos convidados. Cantou com novos talentos, alguns hoje consagrados pelo público. Dos cantores novos, os que desfrutam de maior popularidade, nos últimos anos participaram mais de uma vez. É interessante (fica de acordo com você, meu caro leitor) a escolha, mas acho que a Tati Quebra Barraco faria melhor, só fico em dúvida sobre qual música o Roberto poderia dividir com ela. Se aquela do fogão Dacco, onde a funkeira faz propaganda da marca cantando: dacco é bom... ou aquela que deu título ao documentário sobre o funk carioca: sou feia mas tô na moda / tenho dinheiro para pagar o motel / isso é o que importa... ou ainda, aquela que diz (acho até que é a mesma): Boladona, boladona, boladona... De qualquer forma, vou aguardar para ver o Roberto botando as mãos nos joelhos, do alto da sua sexagésima sétima curva de vida.
Mas Roberto pode tudo. A foto que ilustra a matéria, mostra o adolescente sonhando em construir uma carreira de sucesso, assim como um dia, Mc. Leozinho sonhou também. Note para o olhar triste e postura desarmada do menino, que naquela época, era fã de Bob Nelson. A foto é bem do começo dos anos 50, ele nem imaginava que seria conhecido internacionalmente como o maior cantor romântico do Brasil.
Alguns preferem olhar para Roberto Carlos como se ele ainda tivesse 26 anos (eu por exemplo), duelando com uma guitarra elétrica, diante de uma platéia histérica. Outros, nem tanto. Acostumaram-se com as temáticas canções e a viuvez triste, desabafada em canções idem. Não precisa chorar, você ainda tem o ar de moço bom. (desculpe-me pelos parênteses)

07 dezembro 2006

O SOM DE DIANA REFLETE O CÉU DE SUELI



Quem foi ao cinema para ver o filme o Céu de Suely, vai entender perfeitamente o texto que pretendo desenvolver sobre a nossa Greta Garbo da música popular do Brasil.

Até bem pouco tempo, a (nossa) geração atual sabia apenas o primeiro nome da cantora Diana. Depois do lançamento do livro Eu Não Sou Cachorro Não, de Paulo César de Araújo, ficamos sabendo que seu nome verdadeiro é Ana Maria Iório _diga-se de leve, que foi Paulo César quem primeiro falou em Diana, depois de décadas sem notícias da cantora_ descoberta que pouco importa para os fãs de Diana, que como a caçadora, tudo o que sabemos sobre ela, parece que já foi publicado um dia, sem muita coisa a acrescentar. Mas como a força da música insiste em nos nocautear, agora, Diana retorna com “Tudo Que Tenho” (uma versão de Rossini Pinto para Every Thing I Own) como uma bomba sobre os ouvidos carentes daqueles que apreciam a voz suave e marcante da cantora. Tudo por conta da trilha sonora do filme O Céu de Suely, de Karim Aïnouz (Madame Satã). Karim é daqueles diretores que sabem fazer de uma história simples, um mundo rico em detalhes, porém condensado. Fácil de entender e doce (no melhor dos sentidos) para lembrar a vida inteira. O filme faz da música Tudo Que Tenho, o roteiro da vida da inquieta Suely (Hermila Guedes). A música aparece na íntegra, logo no início do filme, numa seqüência de imagens que nos seqüestra para dentro do filme, ou melhor para o Céu de Suely. O céu de Hermila, ou Suely, tanto faz, é da cor exata da música de Diana, encaixando-se perfeitamente na letra apaixonada do maior versionista que o Brasil já teve, que foi Rossini Pinto. Você tem muitos motivos para ver o filme e sair da sala com outros muitos motivos para recomendar o mesmo. Vale pelo céu do Ceará, que é lindo e bastante explorado pelo diretor. Vale também, pela trilha sonora, que sem falar em Diana, tem músicas características do nordeste, ou seja, o velho e animado forró. Tem ainda, os atores, todos, igualmente bons. Se ainda não viu, corra, pois já é velha a informação sobre o espaço dedicado para filmes nacionais aqui na terra brasiles.
Voltando a Diana. Ela foi a cantora apaixonada do Brasil, tocava nas rádios do país inteiro. Suas músicas estavam sempre em primeiro lugar, o que fazia dela, ao lado de Vanusa e Wanderléa nos anos setenta, uma estrela da música popular. Além de cantora, Diana é compositora e toca alguns instrumentos. O disco Diana, de 1972, pela gravadora CBS (selo Veleiro), é considerado o melhor da carreira, é nele que estão reunidos os maiores sucessos da cantora. Porque Brigamos, Fatalidade, Canção dos Namorados, Estou Completamente Apaixonada, Pegue as Minhas Mãos, Tudo Que Tenho e Ainda Queima a Esperança (de Raul Seixas e Mauro Mota, que assinam outras músicas deste disco). Diana, neste disco, tem como produtor o Maluco Beleza (ainda não era chamado assim) Raulzito, o mesmo que Raul Seixas. Era muito querida por Roberto Carlos e outros artistas do segmento. No seu casamento com Odair José, um dos padrinhos foi o radialista Paulo Barbosa (uma grife do rádio brasileiro), o maior incentivador do casório. Da união com Odair, nasceu a filha Clarice, que recentemente deu o primeiro neto para os pais, separados ainda nos anos setenta. A última vez que deu notícias (sobre a carreira), foi em depoimento para Paulo César de Araújo, onde narra experiências do tempo em que transitava no topo da fama e do reconhecimento popular. Seus discos estão em catálogos, distribuídos em vários CD’s para apreciação e consumo do público que não esquece a cantora apaixonada do Brasil.
Diana é a nossa Greta Garbo pela semelhança em que as duas saíram de cena. A atriz, porque não queria que os fãs vissem sua beleza craquelando nas telas, fazendo os mesmos esquecerem a sua beleza descomunal. Preferiu sair enquanto era linda e majestosa, deixando a imprensa do mundo inteiro sem notícias ou lembrança de como estava vivendo no anonimato (se é que foi possível). Quanto a cantora Diana, não sabemos ou não temos uma resposta convincente sobre seu desaparecimento repentino da mídia. Se foi golpe de gravadora (será?), uma paixão fora do normal (como assim?), boicote geral, de repente o rádio, a tevê e a imprensa, resolveram cortar Diana da programação, pondo-a na geladeira, proibindo-a de aparecer ou falar em público (ah. Isso não. Alguém já teria aberto a boca e fuxicado no ouvido do Nélson Rubens). Ou, será que foi simplesmente tédio e cansaço com a fama, que fez dela uma cantora de platéia pequena? Preferindo trabalhar normalmente, como uma operária da música, mas sem alardear aos quatro cantos. Seja o que for, ou o que tenha acontecido, tenho quase certeza de quê ler tudo o que escrevemos sobre ela nos orkut’s, blog’s, site’s e morre de rir. Diana, se for assim, por favor apareça ou mande nem que seja um telegrama, me desculpe, este é um trecho da música do Odair. Mande notícias e acabe com este lero-lero de uma vez.

SORRIA, SORRIA. VOCÊ ESTÁ SENDO LEMBRADO.

O ÍDOLO NEGRO QUE ENGRAXOU SAPATOS E DIVULGOU LINDOMAR CASTILHO, SOBREVIVE A INSENSIBILIDADE DA MÍDIA QUE O CONSAGROU
O próximo dia 31 de janeiro (2007), será lembrado pelos fãs do cantor Evaldo Braga, como uma data triste. 34 anos serão contados sem a presença do maior ídolo negro da musica popular do Brasil. Se fosse vivo, no último dia 28 setembro, teria completado 59 anos. Evaldo braga nasceu em Campos, Estado do Rio, em 1947. Nunca conheceu aqueles que o abandonaram nas ruas, ou seja, seus pais. Sua sorte foi lançada nas mãos da senhora, funcionária do Juizado de Menores que o encontrou, encaminhando-o ao Serviço de Assistência ao Menor (SAM). Na antiga FUNABEM, Evaldo viveu seus primeiros 20 anos de vida. Enquanto esteve na FUNABEM, dedicou-se a trabalhos de cozinha, encontrando na função, meio de agradar a todos e ser benquisto até mesmo pelos delinqüentes (era inteligente. Não?). Mesmo com todo o drama que tão de perto lhe cercava, Evaldo nunca deixou de sorrir e se mostrar solícito com funcionários e internos. Quando saiu da fundação, exerceu várias funções. Trabalhou em empresa funerária, companhia aérea e quando se viu desempregado, encontrou uma saída na caixinha de engraxate. O local escolhido para lustrar os sapatos foi a porta da Rádio Mayrink Veiga (sabia o que queria. Não?), onde conheceu vários artistas. A rádio vivia seus últimos anos de glória e o programa da hora era Hoje é Dia de Rock, apresentado por Izaac Zaltman, que antes que a rádio fechasse as portas, deu oportunidades para Evaldo mostrar o seu talento, mesmo que por pouco tempo. Determinado a ser um cantor, com o fechamento da Mayrink Veiga, foi procurar apoio em outra rádio. A Metropolitana, o pessoal da rádio conhecia ele e concordava que ele dormisse nos estúdios. Roberto Muniz, disc jockey da Metropolitana conseguiu para Evaldo, ajudar na divulgação de um ídolo da época, Lindomar Castilho, que já vendia muitas bolachas pelo país. Mais isso ainda era pouco para as pretensões de Evaldo, que queria ser um grande artista. Eis que um dia, entra na vida do aspirante o homem que lhe deu o maior empurrão rumo ao sucesso, Osmar Navarro (autor da música Mentira do LP Ídolo Negro 2), na época, trabalhando na Rádio Globo, consegue para Evaldo, sua primeira gravação, que não teve destaque (mas permitiu que seu nome circulasse entre o pessoal do rádio). Com a entrada forte no mercado, da gravadora Polydor, concorrente direta da CBS, aproveitando o começo da década, cede seus estúdios e grava Só Quero, primeiro compacto e primeiro grande sucesso de Evaldo Braga. O rapaz pobre que não tinha pai e mãe, se via diante do sucesso das 150 mil cópias vendidas, motivado _agora, mais do que nunca_ para sorrir e preparar o repertório do seu primeiro LP “Evaldo Braga O Ídolo Negro” volume 1 e 2, no ano seguinte. Todos os LP’s produzidos por Jairo Pires (bastante conhecido pelos fãs da música popular do Brasil) e com arranjos do maestro Waltel Branco – Perucci. Do repertório, não vou me estender muito, pois a pequena quantidade permite seus fãs conhecerem bem, cada uma das músicas que este grande intérprete deixou como lembrança de sua linda e possante voz. E ele tinha apenas vinte e poucos anos, para ser preciso, 25 anos, quando numa curva, na estrada Rio-Belo Horizonte, deu de cara com a morte que lhe ceifou a vida, nos impedindo de conhecer o seu tão comentado sorriso largo. UM DETALHE IMPORTANTE: pode ter sido aqui, no www.musicapopulardobrasil.blogspot.com o único lugar que você encontrou informações verídicas sobre a carreira e a vida deste grande cantor brasileiro. Portanto, não esqueça de mencionar, quando comentar ou escrever sobre Evaldo Braga, que este site valoriza artistas populares, pois acho difícil que alguma mídia (principalmente televisiva) comente sobre.

06 dezembro 2006

ROBERTO CARLOS SEM BOTÕES

Você deve até está acostumado com as músicas do "rei" tocando sem parar, mas biografia de verdade, somente agora ele, Roberto Carlos, pode dizer que tem uma. É que o historiador Paulo Cesar de Araújo, o mesmo autor do maravilhoso e indispensável, Eu Não Sou Cachorro Não, acaba de lançar a biografia Roberto Carlos em Detalhes. Sem a autorização do rei, mas pelo que eu pude ler, caminha muito próximo do elogio. É uma boa para os amantes e curiosos que curtem a música popular de verdade. Pode comprar sem medo. É muito bom.

WALDIK SORIANO –quanto vale o show?

o “rei do gogó” celebra os 55 anos de carreira com DVD
O mercado fonográfico atual e sua insensibilidade, que parece eterna, deixa para trás nomes como o de Waldik Soriano e muitos outros cantores que já fizeram deste país um reduto de seus admiradores. O cantor que já foi símbolo de sucesso e protegido de multinacionais, hoje se limita a apresentações simbólicas para um público que não conhecem a fundo o valor cultural do rei do gogó, como o Chacrinha o chamava.
Eurípedes Waldik Soriano, nasceu em Brejinho das Ametistas, interior baiano, em março de 1933. Desde cedo teve que enfrentar as lutas impostas pela pobreza, que tão de perto lhe rondava. Era fã de Durango Kid e por intermédio dele encontrou o figurino ideal para se lançar no mundo do disco. Roupas quase sempre pretas e um chapéu, que nos shows é disputado a tapas pelos fãs. Gravou inúmeros discos e emplacou diversos sucessos. Chegou em São Paulo nos anos 50 em busca do sonho de ser um cantor de boleros. Inicialmente, foi tudo muito difícil, mas o determinado baiano quando se viu diante do alvo, o sucesso, segurou-o pelas rédeas e não soltou até que o conhecesse de perto e vivesse dele. Já nos anos 60, era um dos maiores vendedores de discos e seu nome era citado como referência de uma carreira vitoriosa. Seu repertório era autoral e a primeira praça que o abraçou, como o novo rei da voz, foi o nordeste, seguido pelo norte do país. Sua história, que já era grande e bonita o bastante para um cantor de origem bruta, tornou-se num pingo, diante do que foi Waldik na década de 70. passou a circular com intimidade nos programas de TV da época, ampliando a platéia de admiradores para uma medida descomunal. Fazia até 5 shows por semana e quase todos, acompanhados por orquestra. Chegou a fazer um disco com arranjos do maestro Guerra Peixe, o maior e mais prestigiado maestro brasileiro. Waldik realmente havia alcançado, em todos os sentidos, os píncaros da glória humana. Fez cinema, namorou socialites como Beki Klabin, figura lendária da sociedade carioca, deixando sua marca na década que parecia ter, não um, mas vários parafusos a menos. O primeiro disco da década de 70, foi “Leva Este Chapéu”, pela gravadora Continental. Mas como numa cena de filme hollywoodiano, em 72 a gravadora RCA pagou uma multa milionária para ter o gigante no seu casting, fazendo do astro um rei. Nesse mesmo ano lança o LP “Ele Também Precisa de Carinho”, aparecendo na capa abraçado com um cachorro, chamando a atenção para a música de trabalho, que foi exatamente “Eu Não Sou Cachorro Não”. A história de Waldik poderia perfeitamente acabar aqui, pois foi com essa música que o Brasil inteiro tomou conhecimento da lenda Waldik Soriano, mas como era fã ardoroso de Durango Kid, foi além, seguindo desenfreado na estrada, para nunca mais parar.
Para celebrar os 55 anos de carreira, ele aparece apoteótico num DVD lançado pela gravadora Gema, onde solta a voz cantando como nunca as músicas que o fizeram imortal da música popular brasileira. Nostalgia, Eu Te Amo, Perfume de Gardênia, Nem Cachorro É Maltratado Como Eu, Você Mudou Demais, Tortura de Amor, Eu Não Sou Cachorro Não e outras seis canções, todas conhecidas do seu incomensurável público.
Vale a pena conferir, respeitando as dificuldades de produção, não é que o DVD está mal gravado, apenas porque não foi produzido pela MTV. Está bonito, assim como Fortaleza, cidade onde o show foi gravado.

Aqui está o endereço da gravadora, caso você não encontre o DVD nas lojas de sua preferência. 11- 3331-3221/2884 gema@gemagravadora.com.br e www.gemagravadora.com.br

06 outubro 2006

A GRANDE MARIA ALCINA


Maria como todas as outras, Alcina como poucas. Mas, uma mulher completa como quase não existe. Maria Alcina não tem concorrentes no Brasil. Aqui sua marca é inatingível, seu nome reverenciado, faltando apenas o principal elemento para o artista, que é necessária estrutura básica para se consolidar no mercado fonográfico. O Brasil não conhece o Brasil, o Brasil não reconhece os seus filhos ilustres, o Brasil só reconhece dinheiro. Foi assim com Carmem Miranda, Morris Albert, Lupicínio Rodrigues e mais recente, Florinda Bolkan, a atriz cearense, muito comentada nos anos 70 por aqui. Carmem Maria Alcina Miranda suado talento brasileiro.

A Fama Venceu a Morte de Paulo Sérgio

Paulo Sérgio morreu jovem, mas antes, viveu tudo o que a fama pode proporcionar ao artista. Na sua curta e intensa vida, o cantor recebeu homenagens, prêmios e prestígio, mas em vida, o cantor recebeu ainda, a pior marca que alguém pode receber. Obstante ao seu imenso sucesso, vendagem superior a milhões, e reconhecimento do público que tanto lhe amou, o cantor foi injustiçado pela mídia, que aleatoriamente, renegou e intitulou-o de imitador.
Paulo Sérgio era romântico, deixou centenas de músicas gravadas, milhares de fãs e seguidores fieis.

Os Imbatíveis Heróis da Resistência Popular

Genival Santos. Você pode até não reconhecer pela foto, mas, se você perguntar para qualquer nordestino espalhado pelo mundo ele vai te responder, que Genival Santos é o mais popular cantor romântico do Brasil (dentro do seu gênero obviamente). Genival é interprete de vários "hit's" de extremo apelo popular. "Eu Te Peguei no Fraga", "Ladrão Que Rouba Ladrão" entre outros tantos que se mantém vivos na memória do povo nordestino. Genival Santos continua na ativa. Seu maior trunfo é manter a fama de grande vendedor de discos até hoje.

As Grandes Vozes do Brasil Setentista

Uma grande voz muito conhecida dos ouvintes de rádios do Brasil, sem dúvida alguma é Cláudia Barroso. A dama do bolero, a elegância em pessoa. Cláudia tem feito aparições esporádicas em programas de tevê, como de costume , o assunto é sempre o passado. Cláudia Barroso é uma das grandes vendedoras de discos dos anos 70, tinha uma vida de celebridade, aparecia na tevê, no rádio e nas capas de revistas do país. Sua voz é linda e sua maneira de interpretar, muito particular. Você já ouviu "Quem Mandou Você Errar" ?
É hora de conhecer um pouco mais de Cláudia Barroso.

26 setembro 2006

JÚLIA GRACIELA LANÇA CD EM PORTUGUÊS

Você se lembra com certeza daquela música "Anúncio de Jornal". Sua intérprete, a cantora argentina Júlia Graciela, que era amada e querida pelo Chacrinha, está lançando seu novo disco (já está a venda). Júlia tem uma voz belíssima e seu trabalho se destaca pela qualidade da produção. Seu pai, o produtor Gabino Correa, esteve recentemente no Brasil. Conversamos por email e trocamos informações a respeito da carreira de Júlia, que aliás, continua fazendo sucesso pelo mundo. Para quem curte os ídolos dos anos 80, é muito importante comparecer com sua sua presença na aquisição do disco. Por isso, compre já o CD da Júlia. siga o link abaixo
http://www.videolar.com/ProdutoCD.asp?ProductID=112976

POP, POPULAR POPULARÍSSIMO

Quantas músicas você arquivou na memória ao longo da sua vida?
Você conhece alguma composição de Chiquinha Gonzaga?
Quem foi João da Praia?
Qual peça de jogo deu nome ao grupo jovem que incendiou a música nos anos 80?
Você sabe o que é caviar?


Certamente você lembra de pelo menos 20 músicas que fazem parte do seu passado. Já cantarolou “Ô abre alas, que eu quero passar...” aonde a vaca vai, o boi vai atrás. Já ligou a tevê um dia e estavam lá quatro meninos cantando e dançando, mas ou menos assim: manequimmmm, seu sorriso é um colar de marfim. Vou te seguindo. Manequimmmm... garanto que você viu. Quanto ao caviar, você o viu fazendo parte do cenário de alguma novela das oito.
Quando João da Praia andava por Copacabana tocando seu violão de uma corda só e repetindo o refrão aonde a vaca vai, o boi vai atrás. Ele não foi capaz de calcular quantas pessoas um dia cantariam a sua composição. E o que dizer de Chiquinha Gonzaga? Uma autêntica moça de boa família, que dedicou sua vida à música de boa qualidade, apreciada pela “corte” e pelo povo. Ela sabia que sua música alegraria as pessoas nos bailes, mas não viveu o bastante para ver e ouvir os chatos e inconvenientes bêbados, cantando sua marchinha, deitados nas calçadas em plena quarta-feira de cinzas. Eis a saga do popular.
Em busca da fatia jovem do mercado do disco, as gravadoras entraram as pressas no laboratório e criaram dezenas de grupos, depois dividiram em quatro, quando muito em cinco e soltaram no mundo. Uma verdadeira febre contaminando nossos cadernos escolares, chicletes, brinquedos e corações, pois as meninas nos deixavam de lado e só tinham olhos para eles, o grupo Dominó. Visto como coisa do passado, hoje até que bate uma nostalgia. Foi bom ter participado daquele tempo. Nós éramos “pop” e não sabíamos.
João da Praia, Chiquinha Gonzaga e caviar, nós só conhecemos de nome. Hoje, talvez o caviar, para o povão, seja muito mais popular do que os dois artistas juntos. Mesmo sem nunca ter sido visto ou consumido, a palavra caviar está popularíssima. A honra vai para outro popularíssimo cantor, o Zeca Pagodinho. Só para lembrar, é bom ter em mente que o “bom” de hoje, será o popular de amanhã. Imagine a cena. Aquele socialite que desembolsa quinhentos dólares (nos dias de hoje, são pouquíssimos que podem fazer isso) por uma lata de caviar para receber os amigos do Country Clube e no dia seguinte, no caminho para mais um encontro de amigos, o Clóvis, seu motorista, pelo controle remoto, liga o rádio da BMW e o Zeca está lá, perguntando se ele sabe o que é caviar. Somente algo muito mais popular, para entrar em cena e reparar o constrangimento. O celular. Aliás, o telefone celular quando partiu para o segmento popular, sufocou as músicas clássicas, que antes predominavam nos “ringtones” e escancarou de vez, tocando de forró a carimbó. E pensar que, há quinze anos atrás ele era seleto, só funcionava nas mansões... resolveu ser popular e hoje está nos presídios e atua com ótimo sinal em todas as favelas. Ninguém pode deter quem tem vocação para ser popular. Que pena que o João da Praia não viveu para ter um celular e conferir sua obra prima tocando nos lugares mais insólitos.

Ser popularíssimo é isso. Partir de uma composição despretensiosa e tornar-se ícone de uma geração. É imortalizar-se na mente do povo através de um “hit”. É romancear o cotidiano numa canção que fale de amor, de saudade e de solidão. É falar simplesmente de uma coisa simples para pessoas simples com ouvidos comuns. É ter aparecido cantando nos programas do Chacrinha, Barros de Alencar, Bolinha, Sílvio Santos e Aérton Perlingeiro. É ter feito fotonovela nas revistas Amiga ou Sétimo Céu com estrelas de novelas. É ver sua obra sendo lembrado mesmo quando os programadores de rádios os esqueceram. É ser assunto constante nas rodas de amigos que se reúnem para falar do passado. É constar nos catálogos de obras raras dentre os discos de vinis. E finalmente, é ter seguido obedientemente na escola de Lupicínio Rodrigues e assim, fazer discípulos que sigam fielmente a mesma linha.

P.S.: Ser um cantor popular de verdade da música brasileira, é preciso ter a alcunha de brega ou cafona e ser ignorado pelos Dj’s de FM’s e nunca ser lembrado pelos críticos de MPB.

22 setembro 2006

Carlos Alexandre, cantor potiguar, morreu precocemente. Autor de inumeros sucessos que o povo consagrou e grande vendedor de discos do Brasil. Ciganinha, Feiticeira, Fim-de-semana e Encontro Por Telefone. Grandes hits conhecidos de norte a sul do Brasil.

TUDO VAI MAL NO PANTEÃO DOS ÍCONES DE BARRO. TUDO, TUDO... COMO DOIS E DOIS SÃO CINCO

Não é preciso pesquisar muito para apontar as inúmeras falhas no reconhecimento da nossa verdadeira música popular. Parodiando o respeitoso Caetano, tudo vai mal. Explicar é complicar, por isso é melhor pesquisar em busca de uma solução para tanto descaso com o "popular". Somo todos iguais ou não somos? Quem atirou as pedras que segure a revanche. Não sou crítico musical, nem defensor de coisa alguma. Sou apenas um apreciador do segmento que os críticos julgam ser o pior da música. Reforço a defesa dos artistas atingidos pela pecha do "brega", de que eles não precisam de justiça, mas do reconhecimento por parte daqueles que sentam numa cadeira para escrever, pensar e concluir que o melhor mesmo é aquele cantor que ele gosta e que os seus amigos admiram. Condecorar com títulos pomposos os artistas que falam linguagens, compreendidas apenas por uma meia dúzia de pessoas, deixando para os grandes vendedores de discos _que alcançam a grande maioria com os seus "hits" simples_ apenas o piche, é querer passar com um trator sobre um berçário repleto de recém nascidos. Fica parecendo que vender discos é uma ofensa constante. Será que não é agora, a hora de parar com tal implicância? Vetar alguém de fazer sucesso num país que tem na sua maioria, pessoas com pouco ou nenhum esclarecimento sobre o que ouve, ver e consome, não é persistir no fortalecimento de tal vergonha? Encarar anos de estudo numa universidade, não é o bastante para aprender a ser solícito e entender o seu país? Criticas aos trabalhos de Waldik Soriano, Lindomar Castilho, Odair José _artistas que possuem, cada um, obras dignas de pesquisas, que merecem respeito como profissionais_ é o que eu quero ver nos jornais que compro e leio, mas não posso fazer isso, pois se o que vejo são ofensas pessoais aos cantores. Aceitar sem entender, ou melhor, entender sem aceitar é uma tarefa árdua para quem enxerga nos cantores populares, um valor maior. Muito além do que apenas "alienados", como os mais severos querem.
Mexendo nos meus arquivos, hábito muito corriqueiro por sinal. Encontrei informações referentes a alguns prêmios da música popular brasileira. Vale a pena ler, a curiosa forma como os prêmios são distribuídos. Antes de falar das premiações, devo eu aqui, ressaltar que respeito muito a opinião do crítico que faz um trabalho sério, pesquisado, daquele que se esvazia da sua opinião própria para informar ao leitor, sobre os méritos de uma equipe que trabalha a partir de uma composição. A crítica musical tem o seu valor, principalmente quando vem acompanhada de assinatura. Mas não posso negar, que cada vez mais venho dando preferência para os críticos que trabalham independentes. Vamos ao que interessa.
O Troféu Villa Lobos de 1975, concedido pela Associação Brasileira de Produtores de Disco, entre outras premiações, foi entregue assim:
Melhor cantor: Nelson Gonçalves
Revelação cantor: Roberto Ribeiro
Revelação cantora: Fafá de Belém
Raízes: Tião Carreiro e Pardinho
Compositor popular: João Bosco
Produto fonográfico: Disco de Gilberto Gil e Jorge Bem
prêmios de vendas
Lp masculino: Martinho da Vila
Lp feminino: Clara Nunes
Compacto masculino: Mauro Celso
Feminino: Diana
1977
Cantor: Milton Nascimento
Cantora: Gal Costa
Revelação cantor: João Nogueira
Revelação cantora: Simone
Compositor popular: João Bosco e Aldir Branc
Produto fonográfico: "Meus Caros Amigos", de Chico Buarque
prêmios de vendas
Lp masculino: Roberto Carlos
Lp feminino: Clara Nunes
Compacto masculino: Wando
Feminino: Eliana Pittman
1978
Cantor: Milton Nascimento
Cantora: Elis Regina
Revelação cantor: Sidney Magal
Revelação cantora: Frenéticas
Músico brasileiro no exterior: João Gilberto
Compositor popular: Cartola
Produto fonográfico: "Danças das Cabeças", de Egberto Gismonti
prêmios de vendas
Lp masculino: Roberto Carlos
Feminino: Beth Carvalho
Compacto masculino: Peninha
Feminino: Lady Zu
1979
Cantor: Ney Matogrosso
Cantora: Gal Costa
Revelação cantor: Zé Ramalho e Renato Teixeira
Revelação cantora: Zezé Motta
Músico brasileiro no exterior: Egberto Gismonti
Raízes: Candeia
Compositor popular: Luiz Gonzaga Junior
Produto fonográfico:"Zumbido", de Paulino da Viola
prêmios de vendas
Lp masculino: Roberto Carlos
Feminino: Maria Bethânia
Compacto masculino: Painel de Controle
Feminino: Elizângela
Podemos perceber que os cantores "populares" só se encaixam nas premiações de vendas, o que é muito bom, mas seria justo e confortável, premiar Eliana Pittman _uma grande cantora, com reconhecimento internacional_ na categoria melhor cantora. Outro cantor que após o seu aparecimento na mídia, vendeu muito e se apresentou por todo o Brasil, é o carioca Sidney Magal. Magal se encaixa perfeitamente na mesma categoria. O problema era conter o "cigano" dos rebolados que os críticos repeliam. Coisas do Brasil.
O Prêmio Playboy de MPB, um prêmio de vida curta, foi instituído em 1977 e morreu logo nos primeiros anos da década de 80. dois artistas eram premiados na mesma categoria. Um escolhido pelos jurados da revista, o outro pelos leitores. Bem mais interessante. O público da revista votou em massa nos artistas mais conhecidos.
1977
Voto da crítica
Melhor cantor: Milton Nascimento
Cantora: Elis Regina
Conjunto (vocal/instrumental): Época de Ouro
Música do ano: Romaria (Renato Teixeira)
Disco do ano: Amoroso (João Gilberto)
Voto do leitor (público)
Melhor cantor: Roberto Carlos
Cantora: Fafá de Belém
Conjunto: Frenéticas
Música do ano: Romaria
Disco do ano: Roberto Carlos
1978
voto da crítica
Melhor cantor: Emílio Santiago
Cantora; Gal Costa
Conjunto vocal/instrumental: A Cor do Som
Música do ano: Sonho Meu (D. Ivone Lara/Délcio Carvalho)
Disco do ano: Axé (Candeia)
Voto dos leitores
Melhor cantor: Roberto Carlos
Cantora:Maria Bethânia
Conjunto: MPB 4
Música do ano: Cálice (Chico Buarque)
Disco do ano: Cálice (Chico Buarque)
1979
voto da crítica
Cantor: Fagner
Cantora: Elis Regina
Conjunto: Boca Livre
Música do ano: Explode Coração (Luiz Gonzaga Jr.)
Disco do ano: Na Quadrada das Águas Perdidas (Elomar)
Voto dos leitores
Cantor: Roberto Carlos
Cantora: Maria Bethânia
Conjunto: A Cor do Som
Música do ano: Mania de Você (Rita Lee / Roberto de Carvalho)
Disco do ano: Ópera do Malandro
1980
Voto da crítica
Cantor: Cauby Peixoto
Cantora: Gal Costa
Música do ano: Bye Bye Brasil (Chico Buarque / Roberto Menescal)
Disco do ano: Arca de Noé
Voto do dos leitores
Cantor: Fagner
Cantora: Rita Lee
Música do ano: Lança Perfume (Rita Lee / R. de Carvalho)
Disco do ano: Rita Lee
1981
Voto da crítica
Cantor: Cauby Peixoto
Cantora: Elis Regina
Conjunto vocal: Kleiton & Kledir
Música do ano: Luíza (Tom Jobim)
Disco do ano: Fantasia
Revelação do ano: Lucinha Lins
Voto dos leitores
Cantor: Fagner
Cantora: Gal Costa
Conjunto vocal: Kleiton & Kledir
Música do ano:Festa no interior (Moraes Moreira / Fausto Nilo)
Disco do ano: Fantasia
Revelação: Lucinha Lins
Durante o período citado acima, o brasileiro ouviu muita música. Algumas permanecem vivas na memória, de tanto que tocou nas rádios e em programas de televisão. Você ainda é capaz de lembrar de Grilo na Cuca (Dudu França), Nuvem Passageira e Desencontro de Primavera (Hermes de Aquino), Rios da Babilônia (Perla), Sou Rebelde (Lílian), Por Muitas Razões (Jane & Herondy), Anúncio de Jornal (Júlia Graciela), Lembranças (Kátia), Aquela Nuvem (Gilliard), Quem é Ele? (Miss Lene), e várias do Amado Batista, do Carlos Alexandre, do Sidney Magal, Altemar Dutra, Paulo Sérgio e da "internacional" Gretchen. Portanto, nenhum foi eleito melhor cantor. Algumas revistas populares como Contigo, Amiga e outras do gênero, faziam seus concursos, aí sim, não sobrava para mais ninguém.
Alguém sabe por onde anda Hermes de Aquino?

21 setembro 2006

Pára tuto que eu quero ouvir.

O nosso gosto é muito peculiar. Tão peculiar que apenas quem o tem, acha-o interessante. Hoje deu vontade de ouvir Maria Alcina, eu gosto muito de Maria Alcina. Aprendi a respeitar e a me satisfazer com sua pouca aparição no vídeo. Gostaria que os espaços que são dedicados à artistas como Maria Alcina, não fosse apenas aqueles de homenagens ou pagação de mico total. Por que será que ela não desperta mais tanto interesse nos apresentadores de programas? Ou será que alguma ordem emitida de cima para baixo, proibindo a aparição de gênios como ela, é comum no mundo estreito e feio da televisão sem compromisso com a qualidade, que se destina apenas e simplesmente a vender e iludir seus incautos telespecatdores? Estou cansado de muita coisa na TV aberta.
Estou cansado dos apresentadores. Quais apresentadores?
cansado das mesmas coisas de sempre. Da falta de qualidade.
Eu quero ouvir Maria Alcina. Quero ouvir sua voz rouca e estruturada. Seu eco reverberando no baú imaginário da saudade. As coisas mudam e eu espero que Maria Alcina possa gravar muitos discos e andar de cabeça erguida, sem culpa de ser popular.
Estou ouvindo Maria Alcina...

MISS LENE CONTINUA CANTANDO.

Recentemente entrevistei a cantora, quando esteve no Brasil para rever aos queridos e fiquei surpreso com o carisma dela. Miss Lene, cantora cearense, que explodiu nas paradas musicais dos anos 70. Ela tinha apenas 15 anos quando provou do sucesso. Vendeu mais de 1 milhäo de discos e hoje mora na Europa ao lado do marido e dos dois filhos. Uma pessoa alegre, contagiante e que se emociona ao falar da carreira, principalmente quando lembra dos fäs.

14 setembro 2006

ROBERTO CARLOS CONTINUA SENDO O CANTOR MAIS POPULAR DO BRASIL

Mesmo sem frequentar as festinhas do TV Fama, Roberto Carlos continua sendo o cantor mais popular do Brasil. É certo que ele não precisa mais aparecer, o que é, e o que já conquistou, é o bastante. Roberto na sua fase dos anos 70, rendeu as melhores músicas românticas da década. Ha quem o rotule de brega, cafona ou chato, mas o que ele é de fato? Ele é o cantor que mais implacou sucessos na parada musical. Há ainda, os que dizem que ele foi o primeiro "emo" do Brasil. Será? (foto retirada da revista contigo de 82)

12 setembro 2006

Aqui Começa o meu Blog. Um espaço para me comunicar com aqueles que curtem ou não, a música popular do Brasil. Estou falando de Lindomar Castilho, Odair José, Marcio Greyck, Bartô Galeno e as meninas também, cantoras como Claudia Barroso, Carmem Silva, Diana e por aí vai.
E pensar que algum dia isso já existiu... Hoje se entende por música popular alguns títulos suspeitos. Suspeitos, pois nem sempre de fato, estas músicas alcançam o povo e é o povo que faz uma música ou um artista se tornar popular.
O que é popular para você?
Será que o povo conhece Carlos Lira?
Será que o "seu" Zé conhece a Maria Rita?
O que é "blazer" para quem não sabe o que é tédio?
São estas inquietudes que me incomodam, deixando uma certa inquietação no umbigo. Pois eu tenho certeza que para o povo, popular mesmo é o arroz e o feijão e quando muito, o ovo frito ou cozido. Não quero ser chato, até pretendo levar tudo com muito humor, mas não posso deixar passar algumas coisas que fazem criar dúvidas na nossa cabeça. Waldik Soriano é cachorro ou cantor? Odair José é patrão ou é muro? Markinhos Moura, o dono da grande voz. É mudo? por que lacraram sua voz?
Coisas do Brasil, coisas tropicais. Eu prefiro o Caetano, que manteve o nome original e não se rendeu ao "Caehtanno". Eu amo a melodia e gosto muito da boa música.
Alberta Hunter, tem sido para mim, um verdadeiro bálsamo, pois enquanto viva, foi autêntica e depois de morta é original. Redundante? Não, apenas inerente ao texto.
Viva a música! Viva o Salmista Davi! Viva Luiz Gonzaga.

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

Mate a saudade de Nara Leao cantando Além do Horizonte em 1978

1 em cada 5 Brasileiro preferia o THE FEVERS 26/11/1978

Elizangela canta Pertinho de Você no Fantástico em 1978

Glória Pires e Lauro Corona cantam Joao e Maria

CLA BRASIL E MARINÊS

DOCUMENTÁRIO SOBRE EVALDO BRAGA / 3 PARTES - ASSISTA NA ÍNTEGRA

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